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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Transcrição de e-mail de um cidadão


Estimados policiais militares da Companhia Independe de Músicos da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, estou escrevendo esse e-mail como um depoimento sobre a impressão que tive da apresentação da banda da Polícia Militar, na Cinelândia, nessa sexta-feira passada, ontem, dia 07 de agosto de 2009. Eu estava saindo do dentista, tinha acabado de arrancar dois sisos, um pouco preocupado com o pós operatório, e com tantas barbaridades que têm acontecido no cenário político nacional, fluminense e no carioca. Estava, eu, portanto, numa sexta-feira comum: cuidando da minha vida e pensando sobre o futuro de nosso país, de nossa cidade, da violência, na poluição e em tantas outras coisas que sabemos que são realidade, mas que a mídia faz questão de não nos deixar esquecer. Eis que, de repente, indo pegar o ônibus, encontro uma pequena orquestra de policiais militares. Eu tinha alguns minutos e, como gosto de música, inclusive música marcial, e estou sempre atento a esses desequilíbrios positivos no nosso cotidiano, decidi ficar para ver a apresentação. Uma das coisas que mais me impressionou não foi o talento dos músicos e do maestro, mas a aproximação humanística, sincera, amiga e cidadã com que o comandante (me desculpem, não sei se a patente está correta, mas era o oficial que falava ao público entre uma música e outra e que, por enquanto, apenas para reconhecimento, fica como “comandante”) falava com os cidadãos. Não só a forma, mas o conteúdo das mensagens! Cheguei a cumprimentá-lo fazendo questão de dizer que esse é o tipo de atitude que o povo espera da polícia militar, além do “proteger e servir” de sempre. Como o próprio “comandante” disse, a PMERJ tem problemas, mas, ora, qual é a instituição que não os tem? Não adianta nada fazer retórica sobre os problemas, isso não traz solução, só evidencia cada vez mais exatamente os problemas. A sociedade precisa se sentir não só protegida, mas ligada à polícia militar, ligada como antigamente, com todo aquele sentimento de respeito, amizade, alegria, carinho mesmo. A polícia militar não pode ser uma instituição que apenas protege o cidadão e persegue bandidos. A polícia militar precisa também ser uma instituição que estende à mão ao cidadão dizendo: “bom dia, cidadão, pode contar conosco. Somos seus vizinhos, seus amigos, somos pessoas iguais a você e queremos viver em harmonia com sua rua, sua vizinhança, seu bairro, enfim, com toda sua cidade. Queremos também mostrar que somos capazes de ter sentimento, de sermos sensíveis, de sermos infinitamente humanos, como vocês, tanto que gostamos de música e a trouxemos para a praça, para dividi-la com vocês e fazer desse dia um dia mais cidadão, mais humano, de mais união”. E foi exatamente essa a mensagem que o “comandante” e os músicos passaram para as pessoas que os estavam assistindo naquele dia na Cinelândia. Esse é o caminho que vai trazer paz de novo entre a população e a polícia militar. Não só a música, mas a humanização da polícia, a identificação de pessoas que protegem e estão no mesmo barco de... pessoas! O povo precisa ver a polícia militar como igual, uma aliada, uma companhia segura e confiável e alegre, e não apenas como um antro de corrupção e maus serviços, pois sabemos que não é isso! Pode haver setores, policiais e momentos assim na corporação, mas isso é exceção. Quando vocês vêm à rua dizer isso, estão fazendo um trabalho social cujo valor talvez nem tenham percebido ainda, tamanha sua grandeza e importância! Essa é a polícia militar que queremos: uma polícia humana, verdadeira, sincera, amiga, talentosa e culta! Acho que parabéns é muito pouco para a iniciativa que vocês tiveram. Fica um pedido de um cidadão: não deixem nunca mais de fazer ações como essa: criem espaços culturais, façam exposições, quem sabe uma exposição de fotos da história da polícia  militar?! Nos integrem a vocês e nós nos integraremos a vocês com cidadania plena! E muitos dos nossos problemas se resolverão, acreditem. Não precisamos de vocês mais do que vocês precisam de nós: somo s uma coisa só: somos cidadãos! Parabéns, Companhia Independente de Música da Polícia Militar! Vocês mostraram o que é ser cidadão, e deram uma lição de cidadania tão necessária, e há tanto tempo... Parabéns!
(Trata-se de e-mail enviado por um cidadão, elogiando a banda da Polícia Militar)

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