MATÉRIA DO FAMÍLIA AZUL
E celebra papel social desempenhado em comunidades carentes
Texto: Marcos Lobo / Fotos: Marcos Lobo e Marcelo Horn
A Companhia Independente de Polícia Militar – Músicos (CIPM-Mus) está completando oito anos de existência com a missão cada vez mais importante de facilitar o diálogo entre a Corporação e a sociedade. Esse foi o tom que marcou a comemoração do aniversário da unidade na manhã desta quinta-feira, dia 24/04, no pátio do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), no Centro.
“Somos facilitadores do diálogo com a população. Nosso trabalho é silencioso, mas sempre positivo. Hoje, a música é uma importante ferramenta para a estratégia de polícia de proximidade da Corporação”, afirmou o capitão Ronaldo Almeida, comandante da CIPM-Mus.
O evento contou com a presença de outras bandas militares parceiras da unidade da Polícia Militar, como a Banda do Corpo dos Fuzileiros Navais, a Banda da 1ª Divisão de Ensino do Exército e a Banda do Corpo de Bombeiros. O comandante do BPChq, coronel Anderson Vidal, também compareceu à cerimônia.
Embora tenha sido criada no início dos anos 60, a Companhia deixou de existir oficialmente após a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara (1975), conquistando o status de Companhia Independente somente em 24 de abril de 2006 (ver trecho "História" abaixo). Atualmente, a unidade é formada por duas bandas de música e tem efetivo total de 135 policiais militares, dos quais 58 são músicos.
No evento de aniversário, o capitão Ronaldo disse considerar a CIPM-Mus importante órgão de apoio às unidades operacionais da Polícia Militar, sobretudo em regiões mais carentes, como no Morro do Estado e no Fonseca, em Niterói, e em 11 comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Ele citou o trabalho que a unidade vem desempenhando nessas localidades, como em apresentações em bailes de debutantes e de carnaval, casamentos coletivos, corridas da paz e comemorações do Dia das Crianças, entre outras festividades. E também lembrou que, frequentemente, a CIPM-Mus leva crianças dessas comunidades para atividades dentro do Batalhão de Choque.A Companhia Independente de Polícia Militar – Músicos (CIPM-Mus) está completando oito anos de existência com a missão cada vez mais importante de facilitar o diálogo entre a Corporação e a sociedade. Esse foi o tom que marcou a comemoração do aniversário da unidade na manhã desta quinta-feira, dia 24/04, no pátio do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), no Centro.
“Somos facilitadores do diálogo com a população. Nosso trabalho é silencioso, mas sempre positivo. Hoje, a música é uma importante ferramenta para a estratégia de polícia de proximidade da Corporação”, afirmou o capitão Ronaldo Almeida, comandante da CIPM-Mus.
“É uma oportunidade de elas conhecerem a polícia por dentro, de conhecerem aqui o mesmo policial que está lá na sua comunidade. Elas veem que eles são pessoas dignas, honestas, com personalidade. E isso acaba ajudando a mudar um pouco da imagem que tinham do policial militar”, afirmou.
O comandante da CIPM-Mus elogiou ainda o trabalho de ensino de música que a unidade realiza em algumas regiões e ao apoio técnico dado aos policiais que ministram aulas para moradores de áreas com UPPs.
“No Morro do Estado (Niterói), os pais dos alunos já têm total confiança no nosso projeto. Já fizemos apresentações com crianças de lá no Teatro João Caetano e Teatro Municipal, no Rio, e no Teatro Municipal de Niterói.”
“É uma parceria que começa na comunidade e que leva essas crianças para conhecerem um mundo jamais visto por eles. Está provado que quem tem acesso à cultura tem uma visão melhor de mundo. Essas crianças passam a ter opções de vida que não sejam o envolvimento com o tráfico de drogas. Nosso papel é 100% eficaz quando se trata de prevenção da criminalidade”, completou.
Durante a solenidade, o capitão Ronaldo aproveitou para chamar atenção para alguns desafios que a Companhia deverá enfrentar nos próximos anos, como a necessidade de abertura de vagas para músicos, a compra de novos instrumentos e um plano de ascensão profissional para o quadro de especialistas músicos.
O sub. ten. Paulo César Oliveira, de 47 anos, é um dos mais antigos integrantes da CIPM-Mus. Casado e pai de dois filhos, ele está há 28 anos na PM – dos quais 23 dedicados à Companhia de Músicos.
“Músico já nasce músico. Quando eu tinha oito anos de idade ganhei uma clarineta vermelha para brincar. Só tocava em tom maior. Foi aí que me apaixonei pela música”, contou o policial militar.
Quando jovem, ele diz ter cursado aulas de música. Seu sonho era aprender a tocar saxofone. “Mas não temos isso na PM, então acabei tocando trombone”, brincou Paulo César, que hoje é maestro em uma das bandas que integram a Companhia.
Além do trabalho como músico da Polícia Militar, ele também toca em uma banda na igreja em que frequenta.
História
Bandas de Música sempre estiveram presentes em momentos-chave da história militar brasileira. Foi assim na Guerra do Paraguai, com o envio da Banda de Polícia Militar da Bahia juntamente com o 10º Corpo de Voluntários, bem como durante a campanha de Canudos e ao lado da Força Expedicionária Brasileira (FEB) nos campos de batalha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial.
A Banda da Polícia Militar do Rio de Janeiro surgiu juntamente com a criação da Guarda Real de Polícia, em 1810, formada para dar segurança à presença da família real portuguesa no Brasil.
A unidade foi criada por meio de decreto de 27 de março daquele ano, que regulamentou o serviço musical nos regimentos de infantaria de linha e artilharia da Corte, determinando que cada um dos quatro regimentos dispusesse de 12 a 16 músicos que executariam instrumentos de sopro. Até então os músicos eram contratados ou prestavam serviço voluntário. Em 20 de setembro daquele ano, a Banda teve adicionados ao seu efetivo o tambor-mor e o pífano.
Em 24 de dezembro de 1962, por meio da Lei 273, foi criada a Companhia de Músicos tendo como seu primeiro comandante o capitão Oscar Brum, trombonista e músico da Orquestra Sinfônica Brasileira.
Quando em 1975 houve a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, as unidades da Corporação foram desativadas para serem reativadas em outro ato. Porém, a CIPM-Mus só foi regulamentada como Companhia Independente em 24 de abril de 2006, por meio de Resolução 855 da Secretaria de Segurança.
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